terça-feira, 3 de agosto de 2010

Prostituição, exploração e violência nas hidrelétricas do Rio Madeira


Dezenas de bordéis de madeira foram erguidos à beira da BR-364, disputando espaço com farmácias, açougues e igrejas. “Isso aqui virou um inferno. As mulheres se vendem em plena luz do dia. Tenho uma filha e tento protegê-la do jeito que dá”, diz a agricultora Maria Martins, 49, mãe de uma adolescente de 12 anos.

O delegado Sandro Alves é o titular da delegacia de Fiscalização de Jogos, Bares e Hotéis de Rondônia. Ele investiga um esquema complexo. Empresários da construção civil financiariam casas de prostituição em que garotas de programas são mantidas em cárcere privado. Noutra ponta, o valor dos programas feitos na casa são descontados no contra-cheques dos operários.



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Crimes de pedofilia e prostituição se repetem 40 anos depois da construção da Hidrelétrica de Itaipu (na Tríplice Fronteira Brasil-Paraguai-Argentina), que foi palco da primeira grande constatação dessa realidade causada pela migração rumo à construção de grandes barragens no País. Com uma diferença: naquela época, no início dos anos 1970, pedofilia não levava o homem à prisão.

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PORTO VELHO, quinta-feira, 21 de maio de 2009 – Dois prostíbulos onde meninas de 12 e 13 anos se vendem sexualmente no local foram inaugurados recentemente em Jacy Paraná, cidade às margens do rio Madeira, a 376 quilometros a sudoeste de Porto Velho, na fronteira de Rondonia com a Bolívia.

Os bordéis representam um dos primeiros impactos sociais sobre a juventude ribeirinha causados pela usina hidrelétrica de Jirau, que está sendo construída nas cercanias. As meninas prostitutas são brasileiras e bolivianas.

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