segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Pare Belo Monte, em Florianópolis-SC

O dia 20 de agosto de 2011 foi marcado pela luta contra a construção do complexo hidrelétrico de Belo Monte, um ATO MUNDIAL convocado de forma descentralizada por ativistas e movimentos autônomos.


Em Florianópolis a concentração começou às 9:00 horas da manhã, e com um belo dia de sol, os manifestantes do ato entregaram panfletos e conversaram com as pessoas, alertando a sociedade para os impactos que serão causados pela hidrelétrica, que alagará 500 quilômetros quadrados de área da floresta amazônica e exigindo do governo federal respeito à vida das etnias indígenas que vivem em torno do Rio Xingu e que serão duramente afetadas no seu modo de vida pela construção.


A manifestação chegou ao seu auge com o encenamento dirigido por Gert Schinke e Raquel Macruz, onde foi interpretado a devastação das florestas pela monocultura agroexportadora das transnacionais. Uma bela encenação que atraiu a curiosidade dos pedestres, e integrou o público a manifestação contra BELO MONTE.


Anderson Morais
DCE-UNISUL

domingo, 21 de agosto de 2011

Ato Mundial Contra Belo Monte (Belém)

Imagens da manifestação ocorrida em Belém-PA, dia 20/08/2011.

Outros vídeos do ato em Belém:
http://www.youtube.com/watch?v=PieReLhOk5M

http://www.youtube.com/watch?v=rawua5uQKyI

Ato Mundial Contra Belo Monte (Vitória do Xingu)

Imagens da manifestação na comunidade Belo Monte, município de Vitória do Xingu, em 19/08/2011.


quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Dia 20/08, todos contra Belo Monte


Milhares de manifestantes, em 14 países, irão protestar contra a construção de barragens na Amazônia.

Veja os locais de concentração: http://www.xinguvivo.org.br/acao/


Em defesa da Educação


Ato público: concentração na Av. Augusto Montenegro (trevo do Satélite), às 09h00.



quinta-feira, 11 de agosto de 2011

No Brasil dos latifundiários, plantar árvores dá cadeia.

A cada ano que passa, com a chegada de uma nova idade, temos a impressão de que não vamos nos surpreender com mais nada. Mas a sociedade capitalista é pródiga em nos oferecer surpresas. Desagradáveis, na maioria das vezes. Plantar árvores, no Brasil, virou crime.

Nos últimos oito anos e meio o país tem vivido situações complexas, contraditórias e até mesmo, bizarras. Em 2002, com a posse de Lula, ex-metalúrgico, primeiro presidente eleito por um partido com suas origens no proletariado, a imensa maioria dos trabalhadores acreditou que finalmente veria atendida suas demandas por justiça social, igualdade de direitos, distribuição de renda, fim da corrupção.

Não se pode dizer que o início tenha sido pouco inovador ou impactante. De fato, não o foi. Já no primeiro ano de governo a cúpula petista optou por levar adiante a Reforma da Previdência Social, nos moldes da proposta defendida pelo antigo governo, social-democrata no nome, neoliberal nas ações.

Rejeitada nas ruas, a retirada de direitos dos servidores públicos e a privatização parcial da previdência social, causou um enorme mal estar no interior do partido governante. Os parlamentares que votaram contra, foram expulsos; os filiados que repudiaram as expulsões, se desfiliaram. Daqueles que permaneceram, mas seguiram indignados, parte também saiu, tempos depois. Os que ficaram... se calaram, alguns contentando-se em ser a perna "esquerda" do novo governo social-liberal.

A burguesia brasileira, incluindo setores retrógrados da "classe média", costumam fazer piadinhas sobre baixa escolaridade de Lula, que, como a maioria dos trabalhadores, precisou negligenciar – e até abandonar – seus estudos, para poder arrumar um emprego para seu sustento e de sua família. Entretanto, não se pode duvidar da inteligência e esperteza dos novos governantes.

Os governos petistas adotaram uma artimanha simples, mas eficaz, para neutralizar a oposição burguesa: tomaram posse das suas propostas. O que fizeram foi, simplesmente, usurpar as propostas defendidas pelos patrões, lhes dar um discurso de "esquerda" e apresentá-las com nomenclatura inédita. Não é nenhuma fórmula milagrosa, nem inovadora, mas foi muito cara à história do Partido dos Trabalhadores.

A vontade de implantar essa orientação e aniquilar a oposição burguesa foi tão forte, que se apropriaram até dos seus esquemas de corrupção. E para alegrar seus novos aliados e financiadores, trataram de ressuscitar projetos, como o da construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, criado durante a ditadura militar e derrotado em 1989, após manifestações de estudantes, sindicalistas, ambientalistas, moradores de Altamira e povos indígenas. Na época, o PT era um dos atores na luta contra a usina, hoje, é seu principal incentivador.

Algo similar está ocorrendo com o Código Florestal, onde o Partido Comunista do Brasil se apresenta como o porta-voz dos ruralistas para levar adiante uma série de alterações na legislação ambiental, que ao final, servirão para favorecer os interesses do latifúndio e demais empresários-especuladores do agronegócio, e do setor de mineração, nada preocupados com temas relacionados à preservação da biodiversidade ou populações tradicionais.

Considerando tais acontecimentos, não deveria achar estranho o que ocorreu no último dia 02/08/2011, quando "um grupo de jovens que não concordam com a construção da usina de Belo Monte nem com o desmonte do Código Florestal", como eles se autodefinem, foram presos por plantarem mudas de copaíba, ipê-roxo e aroeira, árvores típicas do cerrado brasileiro. Mas não consigo encontrar outra palavra (a não ser sinônimos) para melhor definir a situação: bizarra.

A atitude da Polícia do Senado pode ser tachada de qualquer coisa, mas não merece críticas por ser destoante das orientações dos políticos do Planalto Central. Senão, vejamos: o governo brasileiro se esforça para unificar ex-comunistas e capitalistas; para aprovar projetos que irão ampliar a devastação na Amazônia; para modificar e regredir a Lei que protege (ou deveria proteger) as florestas e o meio ambiente; o presidente do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente diz que vai fazer com os indígenas brasileiros o que os colonizadores britânicos fizeram com os aborígenes australianos; aí aparecem uns "jovenzinhos porraloucas" plantando árvores no belíssimo gramado do Congresso Nacional. Ora, ora...

O que se esperava que as forças de repressão do Estado burguês fizessem, diante de tamanha subversão à ordem? Apertassem-lhes as mãos, dando os parabéns pela excelente ação de cidadania? Os convidassem para plantar vitórias-régias no espelho d'água? As polícias do Senado e Militar fizeram apenas o que o governo brasileiro está mandando fazer: criminalizar as vozes divergentes, que ousam defender o meio ambiente, diante a insanidade da busca de lucro pelos capitalistas.

Triste o país cujos governantes mandam prender seus cidadãos por plantarem árvores.

Artigo publicado em:
Diário Liberdade
Portal Ecodebate

Informações sobre a ação em Brasília: Um Jardim Para a Liberdade do Povo

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Anistia Internacional denuncia Belo Monte em relatório


A Anistia Internacional, uma das mais importantes entidades de monitoramento, denuncia de violações e proteção de direitos humanos, acaba de lançar um novo relatório onde avalia as relações de Estados nacionais com as populações indígenas.

Tratando de violações na Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Equador, Guatemala, México, Panamá, Paraguai, Peru e Estados Unidos, o documento “Sacrificando direitos em nome do Progresso – Povos Indígenas ameaçados nas Américas” avalia grandes projetos governamentais de profundos impactos sobre as populações indígenas, processos legislativos truncados e medidas de proteção deficitárias, questionando as políticas de Estado sobre as relações com os indígenas.

No caso brasileiro, a Anistia destacou as violações de direitos cometidas pelo Estado no decorrer do projeto de Belo Monte, bem como a situação calamitosa dos Guarani Kaiowa, ameaçados pela expansão do agronegócio sojeiro e canavieiro no Mato Grosso do Sul.

Clique aqui para ver o documento na íntegra.

Fonte: http://www.xinguvivo.org.br/2011/08/08/anistia-internacional-denuncia-belo-monte-em-relatorio-sobre-direitos-indigenas-nas-americas/





segunda-feira, 8 de agosto de 2011

O mundo se mobiliza contra Belo Monte

97 organizações lançam comitê contra as mudanças no Código Florestal

Integrantes de 97 organizações da sociedade civil, movimentos sociais, parlamentares e ex-ministros participaram, em 5/8, na capital paulista, do lançamento do Comitê Paulista em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável Contra o Projeto de Lei Complementar 30/2011, que altera o Código Florestal Brasileiro. Também foi lançado um abaixo-assinado contra o projeto do novo código.

A ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva disse que o comitê dá a oportunidade de as pessoas saírem do papel de observadoras e para passar a agir. Ela citou uma pesquisa do Instituto Datafolha, divulgada em junho, que constatou que 79% da população têm posição contrária ao texto do senador Aldo Rebelo (PCdoB-SP), relator do projeto. “Espero, sinceramente, que consigamos mobilizar as pessoas para que elas deem sustentabilidade política aos 81 senadores. Eles podem fazer uma atualização do Código Florestal à altura das necessidades do Brasil”.

João Paulo Rodrigues, representante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), disse que o momento é propício não só para fazer o debate sobre as mudanças no Código Florestal como para incluir outros segmentos na discussão. “Nós, do campo, pequenos agricultores, não fomos consultados. A referência de agricultura que foi consultada é a do grande agronegócio que tem como principal base a monocultura, o uso demasiado de agrotóxicos e, acima de tudo, a depredação do meio ambiente”.

O deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP) enfatizou que o novo Código Florestal atenta contra o interesse coletivo nacional. “O que está em jogo nessa proposta não é um problema só ambiental ou agrícola. Está em jogo a vantagem comparativa de uma nação e um processo histórico que conservou grande parte de sua biodiversidade, florestas, água e solo e que pode ser uma potência. Está em jogo também o modelo agrícola e agrário”.

Ler mais em:  http://www.ecodebate.com.br/2011/08/08/97-organizacoes-da-sociedade-civil-lancam-comite-e-abaixo-assinado-contra-novo-codigo-florestal/

domingo, 7 de agosto de 2011

300 mil "indignados" nas ruas de Israel.

La Radio del Sur - [Tradução de Diário Liberdade] Mais de 300 mil “indignados” saíram neste sábado às ruas das principais cidades de Israel para protestar pelo alto custo da habitação, aluguéis e a vida em geral.

Só em Tel Aviv cerca de 200 mil pessoas marcharam contra o alto custo da vida. Em Jerusalem, cerca de 20 mil pessoas se mobilizaram até a residência oficial do premiê Netanyahu, na terceira semana de protestos silenciados pela imprensa internacional.

A principal manifestação teve lugar em Tel Aviv, onde mais de 200 mil pessoas se concentraram em torno da praça Habima, próximo de onde foi levantado um acampamento de protesto.

“O povo quer justiça social” ou “Toda uma geração demanda um futuro”, coreavam os manifestantes, emulando as palavras de ordem popularizadas durante as revoltas árabes na Tunísia ou no Egito, e as manifestações de distintas cidades espanholas.

A manifestação paralisou o tráfico em importantes zonas da cidade e foram reproduzidas em outras cidades como Jerusalém, Kiryat Shomna ou Eilat. Enquanto em Jerusalem cerca de 20 mil pessoas marcharam até a residência oficial do primeiro ministro Benjamin Netanyahu para exigir demissões na terceira semana consecutiva de manifestações, resenhou a Europa Press.

Identificados com as palavras de ordem de “o povo demanda justiça” e “uma geração inteira exige um futuro”, os manifestantes anunciaram que líderes sindicais falarão à multidão e grupos artísticos realizarão apresentações ao ar livre.

“Jovens de Israel, chegou a nossa hora”, proclamou o presidente do Sindicato Nacional de Estudantes, Itzik Shmuli, durante a manifestação de Tel Aviv.

“É um despertar coletivo sem precedentes. Estamos sendo testemunhas de como o povo é solidário (...). O que começou como uma batalha por uma habitação acessível converteu-se em um movimento de protesto que é como uma bola de neve e agora fala de uma ampla mudança de sistema”, explicou um dos manifestantes em declarações publicadas pela edição digital do diário Yedioth Aharonoth.

Os ativistas chegam três semanas acampados no bulevar Rothschild de Tel Aviv ante o silêncio midiático internacional, para protestar pelo custo de vida e exigir uma habitação acessível em um movimento que está ganhando apoio dia após dia. A deste sábado é a terceira grande manifestação em Tel Aviv.

Traduzido para Diário Liberdade por Lucas Morais

Viva a luta dos estudantes chilenos



Entrevista com o dirigente estudantil Joaquín Araneda: “funcionamos em assembleias com democracia direta”.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Repudiar a repressão aos estudantes chilenos

Relato da vereadora porto-alegrense Fernanda Melchionna, direto do Chile:

"Hoje (04/agosto) a repressao foi inacreditavel. Como sabem tinha um ato convocado pela internet para hj de manhã na Plaza Italia, uma das pracas que se localizam na avenida principal, chamada popularmente de ALameda. Como as assembléias dos estudantes secundaristas e as que se realizaram até agora, dos universitários, recusaram a proposta do governo para a educação, o governo proibiu a realização de atos na avenida, assim como nas ditaduras.
Mas o que vi hoje nas ruas foi impressionante. Primeiro o metrô não permitiu que estudantes (que tem seu cartão de estudante) utilizassem o transporte, para tentar dispersar a marcha. Quando saí de casa (fui sozinha, por sorte do destino) em cada esquina tinha no mínimo 10 policiais, que paravam todos os estudantes, grupos de estudantes ou "pessoas suspeitas" de passar. Sim, revistavam mochilas, mandavam andar, para que nao chegassem até a concentração. Como estava sozinha e (lamentavelmente já não pareço secundarista) fui passando. Quando cheguei a uma quadra da concentração, o cheiro de gás lacrimogênio entrou pelo nariz e as bombas começaram a ser jogadas pela polícia contra pequenos grupos que conseguiram passar. Os tanques de água, que aqui chamam guanaco, passavam tempo a tempo jogando água suja e tóxica sobre a gente.
Bom, muita esponteinadade, resistência dispersa, vários focos de jovens fazendo mini-atos, queimando lixeiras até a polícia chegar e dispersar...
(...)
Agora as 18h30 tem outra marcada. Agora já vou levar meu limão, pois tive que comprar (sim, tem gente com "visao de mercado" que fica vendendo limão na rua), depois de passar muito mal, depois da 3ª bomba de gás e água suja e gelada na minha cara.
Falei para os companheiros que começaremos uma campanha de solidariedade aí no Brasil e eles ficaram muito felizes...
No mais, resistance!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!"

Os noticiários falam em mais de 800 pessoas detidas e fazem comparações com o período da ditatura Pinochet. “Isto parece um estado de sítio, imagino como era há 30 anos no Chile... nem sequer está assegurado o direito de se reunir em espaços públicos”, disse uma das lideranças estudantis, Camila Vallejos.

Avante Pinguinos

A vereadora Fernanda se licenciou da Câmara Municipal de Porto Alegre para acompanhar as mobilizações estudantis que estão ocorrendo no Chile. Protestos para defender a educação pública e se opor à proliferação de escolas e universidades privadas com fins lucrativos estão acontecendo há aproximadamente dois meses. Convocados pela Federação de Estudantes do Chile e pelo Colégio de Professores do país, um dos protestos chegou a reunir em um só dia mais de 400 mil pessoas em diversas cidades chilenas. Mesmo com a dura repressão do Governo de Piñera, com muitas prisões e espancamentos, os estudantes seguem mobilizados com escolas ocupadas, piquetes em frente as Universidades e recebendo apoio de outros setores, principalmente dos trabalhadores.

Ler mais em: http://www.fernandapsol.com.br/imprensa.php?id=430

Manifestantes fazem Governo cancelar abertura da Operação Cidadania Xingu.

Teria sido outra manhã ensolarada com solenidade governamental em Altamira, no Pará – não fossem os problemas que a Usina de Belo Monte vem criando na região.
Começou nesta quarta-feira ( dia 3) a Operação Cidadania Xingu, do governo federal. Já um pouco capenga: dos sete ministros anunciados, vieram para a abertura da ação apenas dois: o ministro da Pesca e Aquicultura (MPA), Luiz Sérgio e o ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA), Afonso Florence. Além dos dois, representantes da Secretaria Geral da Presidência, do governo estadual (nada do governador, como fora prometido) e municipais locais, empreiteiras, Consórcio Construtor, Norte Energia & cia, com destaque para a prefeita Odileida Sampaio (PSDB) – cotada também para participar da solenidade de abertura, às 11 da manhã.
Mas a solenidade não saiu.
Acontece que, três horas antes, em frente à prefeitura, acontecia um protesto das famílias sem teto, moradoras das duas maiores ocupações da cidade (LINK pra matéria anterior). Organizados pelo Movimento dos Trabalhadores Desempregados (MTD), os manifestantes exigiam que a prefeitura garantisse a regularização das áreas ocupadas – que tem indício de grilagem e, segundo a coordenação das ocupações, não possuem documentação.
Também pediam a intervenção da prefeitura nos dois mandados de reintegração de posse expedidos por um juíz da cidade na última semana. “800 famílias estão na iminência de serem duplamente expulsas por Belo Monte”, expõe a militante do MTD, Samara Mauad. Segundo fontes na Polícia Militar, o despejo deverá acontecer ainda esta semana. Este conjunto de elementos, aliado ao clima tenso em que vive os bairros mais empobrecidos da cidade, tem levado a sucessivas manifestações (LINK pra mate’ria sobre o ato da última sexta) por moradia e contra Belo Monte. “Este ato joga parte da conta de Belo Monte nas mãos das prefeituras locais, que trocaram uma barragem por migalhas”, conclui Samara.
Duas horas de piquete, e nem sinal da prefeita.
O boato era de que ela já estava a caminho do local onde lançariam a Operação. E rumo à Operação Cidadania Xingu caminharam os manifestantes.

Ler mais em: http://xingu-vivo.blogspot.com/2011/08/sob-protesto-governo-federal-cancela.html

"Não é hora de pendurar as chuteiras"

Os povos indígenas e os ribeirinhos da Grande Volta do Xingu também não sabem o que vai acontecer com eles. Um enorme paredão vai separar esse povo da cidade de Altamira. Como levar doentes para o hospital? Como e onde fazer a feira? Não há resposta.
Mas existe ainda outra grande incógnita: o que acontecerá com as famílias dos agricultores? Para onde serão transferidas? Herdaram seus sítios dos antepassados. Sempre plantaram e colheram arroz, feijão, milho e mandioca. Nunca passaram fome. Ultimamente, investiram em cacau com muito bons resultados. O peixe é abundante na região e, obviamente, o prato preferido do povo. Mas o rio, numa extensão de 100 quilômetros, praticamente vai secar. Para onde serão levadas essas famílias? Receberão outro lote equivalente de terra agriculturável ou serão simplesmente mandado embora com alguma indenização insignificante? Onde vão pescar? De que vão viver? Onde vão plantar e colher para sobreviver? O governo, o Ibama, a Funai, o consórcio Norte Energia se escondem por trás de outro paredão: o silêncio.

Ler a entrevista em: http://xingu-vivo.blogspot.com/2011/08/nao-e-hora-de-jogar-toalha-e-pendurar.html

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Fica Aroeira

Carta dos presos por plantar árvores

Domingo dia 31 de Julho, um grupo de jovens que não concordam com a construção da usina de Belo Monte nem com o desmonte do Código Florestal Brasileiro plantaram três árvores no gramado do Congresso Nacional (copaíba, aroeira e ipê roxo, todas elas nativas do cerrado e protegidas por lei). O grupo não era grande, é verdade, mas tinha gente de todas regiões do Brasil.

Ficamos em roda quase o dia todo, cantando e dançando ao redor das mudas, e à noite, enquanto estávamos conversando com a imprensa, a Polícia do Senado (SPOL) veio de forma violenta, arrancou e matou as três mudas. Agindo assim, a SPOL cometeu um crime ambiental, por arrancar árvores nativas do cerrado protegidas por lei. Dois dos manifestantes que registravam os atos truculentos contra as árvores, foram agredido pelo policial que tentou arrancar as câmeras das mãos deles, danificando uma delas.

Segunda feira, primeiro de agosto, após dormirmos em nossos sacos de dormir na Esplanada, o tempo todo vigiados por viaturas policiais, acordamos bem e praticamos um pouco de Ioga. Passamos o dia, refletindo, fazendo música, jogando bola de meia no gramado em frente ao Congresso. Trocamos ideia; falamos de política, monocultura, cibercultura, contracultura, permacultura, sexo, drogas, rock’n roll, samba, coco, ciranda, maracatu, catira, Código Florestal, Belo Monte, 20 de agosto, liberdade, amor, respeito, e, sobretudo, Paz e Amor.

Ler mais em: http://jardimparaliberdade.wordpress.com/2011/08/03/ficaaroeira-carta-dos-presos-por-plantar-arvores/

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Água para todos, menos para o Xingu

Diário Liberdade - [Maurício Matos] Em 27/07/2011 foi publicado no Diário Oficial da União o Decreto nº7535, instituindo o Programa Nacional de Universalização do Acesso e Uso da Água, denominado "Água Para Todos".

Dentre suas diretrizes estão a "priorização da população em situação de extrema pobreza" e o "fomento à implementação de infraestrutura e equipamentos de captação, reservação, tratamento e distribuição de água, oriunda de corpos d'água, poços ou nascentes e otimização de seu uso". Tudo isso articulado com os órgãos responsáveis pela segurança alimentar e nutricional e pela saúde e meio ambiente, dentre outros.

Não há como deixar de notar a enorme incoerência, mesclada com pitadas de demagogia e sadismo, por parte do Governo Federal.

Ao mesmo tempo em que edita uma medida de vital importância para qualquer ser humano, o acesso à água potável, reconhecido em julho/2010 pela Assembléia Geral da ONU como um direito universal, Dilma, Lobão e companhia, continuam com a insanidade de construir Belo Monte.

Ler mais em:
http://diarioliberdade.org/index.php?option=com_content&view=article&id=18125:agua-para-todos-menos-para-o-xingu&catid=243:consumo-e-meio-natural&Itemid=156

Pare Belo Monte!



Imagens registradas durante passeata contra a UHE Belo Monte, ocorrida em Belém - Amazônia - Brasil, em 28/07/2011.

Outros vídeos:
Um carimbó para o Belo Monstro
http://www.youtube.com/watch?v=9FBvafgXyuU

Belo Monte vai cair
http://www.youtube.com/watch?v=n0SctzQ5Q6s

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Fora Curt, do IBAMA

Dia Internacional contra Belo Monte

Organizar o 20 de Agosto de 2011, dia internacional de luta contra a construção da UHE Belo Monte e demais hidrelétricas na Amazônia.

Pare Belo Monte!

Israel: "Bibi, vá pra casa".

Carta Maior - [Gideon Levy, Haaretz] Nunca houve uma manifestação como essa antes em Israel – todo mundo junto, jovens e velhos, direita e esquerda, árabes e judeus. Esqueçam o protesto sobre moradia, não se trata mais somente disso. Aqueles que temiam que os protestos fossem muito restritos, comezinhos, ontem assistiram à sua expansão. Seus objetivos já ultrapassaram o aluguel de um pequeno apartamento. Na noite de sábado, Benjamin Netanyahu recebeu sua carta de demissão, quando dezenas de milhares de israelenses ao longo do país gritaram “Bibi, vá para casa”. O artigo é de Gideon levy.

Ler mais em: http://www.diarioliberdade.org/index.php?option=com_content&view=article&id=18093:gideon-levy-a-noite-em-que-tive-orgulho-de-ser-israelense&catid=99:batalha-de-ideias&Itemid=113

Ausência

Estive ausente por problemas "técnicos". Já estou de volta.