quarta-feira, 30 de março de 2011

Estudantes portugueses protestam contra Belo Monte

A presidente do Brasil e o ex-chefe de Estado brasileiro tinham hoje à sua espera, na Universidade de Coimbra, uma pequena manifestação de estudantes contra a construção da barragem de Belo Monte. "Em defesa da Amazónia - Dilma pare a barragem do Belo Monte" era o que se lia numa faixa que empunhavam à porta da universidade. Em declarações à Agência Lusa, Alexandra Silva, estudante brasileira a tirar um doutoramento em Coimbra disse que esta era a forma dos cerca de 15 estudantes brasileiros "e alguns portugueses" mostrarem a sua preocupação com a construção daquela barragem. "Estamos preocupados com os impactos ambientais que especialistas consideram irreversíveis", disse. Alexandra Silva lembrou que aquela barragem "viola direitos indígenas e direitos ambientais" e lamentou que esteja a ser construída depois de "mais de 30 anos de luta por parte dos movimentos indígenas". A Lula da Silva os estudantes conseguiram entregar um panfleto onde expõem os motivos do protesto. Por seu lado, a presidente Dilma Rousseff, foi recebida com gritos de que "água e energia não são mercadoria". Fonte: http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1818649

quarta-feira, 16 de março de 2011

Nem tiranias, nem ocupações.

Barcelona, 20/março/2011

Pescaria-protesto no rio Xingu


Cerca de 400 manifestantes receberam hoje no porto de Altamira os 250 pescadores que participaram da “Grande Pescaria em Defesa do Xingu e contra Belo Monte”. A atividade, que terminou hoje, dia internacional de luta contra as barragens, e reuniu mais de 600 pessoas, começou na última sexta, 11, com a benção do Bispo da Prelazia do Xingu, Dom Erwin Krautler.
Depois de três dias no rio, os pescadores de Altamira, Vitória do Xingu, Belo Monte, Senador José Porfírio e Porto de Moz retornaram com 6 toneladas de peixes (pirarara, pacu, piranha, surubim, tucunaré, cachorra, pescada, curimata, poraquê, etc). Os manifestantes que esperaram os barcos no porto da cidade (entre eles muitas esposas e filhos de pescadores), passaram a manhã tecendo redes para simbolizar a integração das populações do Xingu na luta contra a usina.

A pescaria foi mais um protesto contra a construção da hidrelétrica que, de acordo com o Estudo e o Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) do próprio Ibama, deve acabar com grande parte do estoque de peixes da região e levar à extinção várias espécies que hoje são a base da alimentação e da economia das comunidades indígenas e ribeirinhas da Bacia do Xingu.

Índios Terena bloqueiam BR-163


[Abati Aberé] Cerca de 350 indígenas do povo Terena bloquearam a BR 163, no municipio de Itaúba, deste o meio dia desta segunda-feira, 14 de março.

O Grupo está até o momento interditando a rodovia, o protesto é contra o decleto 7056/09, que fechou vários postos da FUNAI por todo país, prejudicando incondicionalmente varias aldeias e indígenas vivendo em cidades, hoje a coordenação técnica mais próxima das terras deles é da Funai em Colíder – distância superior a 250 km.

O grupo ainda cobra a homologação de sua TI, que já fora demarcada, mas até hoje nada foi feito e os Terenas continuam expostos a pistolagem, recurso que os fazendeiros adotam para manterem indígenas longe das propriedades, que foram tomadas dos indígenas a base de muita violencia.