quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Energia de cana X Belo Monte

Energia da cana vale 3 belo monte

Dia e noite, sem parar, os caminhões chegam à Usina Vertente, em Guaraci (SP), carregados de cana-de-açúcar. Não demora muito, um guindaste é usado para erguer a caçamba e despejar os toletes de cana sobre uma enorme esteira rolante, a “mesa alimentadora”. Num dia bom, cada tonelada de biomassa engolida ali renderá, no fim da linha, 175 quilos de açúcar, 80 litros de etanol, 800 litros de vinhaça e uns 250 quilos de bagaço úmido. Não há resíduos. Nada é desperdiçado.

“Não sobra nada da cana”, diz o gerente industrial da usina, Luis Muradi. O açúcar vai para os supermercados, o etanol, para os postos de combustível. A vinhaça é enviada de volta ao campo, como fertilizante. Parte do bagaço é queimada ali mesmo, numa caldeira, para produzir a energia elétrica que faz a usina funcionar. Outra parte desemboca numa montanha de bagaço ao ar livre, com quase 30 metros de altura.

O ideal seria que essa montanha não existisse. Mas ela está longe de ser um resíduo. Pelo contrário: a “bioeletricidade” gerada pela queima do bagaço de cana pode ser um produto tão importante para a sustentabilidade energética do País quanto hoje é o etanol. “O futuro das usinas está na bioeletricidade e no álcool. Acho que o açúcar vai ficar em terceiro lugar”, prevê o diretor da usina, Hugo Cagno Filho. Reportagem de Herton Escobar, em O Estado de S.Paulo.

Ler mais em: http://www.ecodebate.com.br/2010/09/02/usinas-de-cana-de-acucar-preveem-em-2020-gerar-13-mil-megawatts-superando-producao-esperada-para-belo-monte/

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