domingo, 14 de março de 2010

O mundo contra AHE Belo Monte

"Hoje, uma coalizão de 140 organizações internacionais enviaram uma carta ao presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, para exigir que ele suspenda imediatamente os planos para a construção da barragem de Belo Monte, no rio Xingu, na Amazônia, devido ao seu enorme impacto social e ambiental, e cobrado a procurar alternativas. A carta foi enviada ao presidente Lula após uma reunião de emergência convocada pelo Movimento Xingu Vivo Para Sempre, que reuniu dezenas de organizações brasileiras e internacionais contra a barragem em Altamira, uma cidade que será parcialmente alagada pelo projeto.
Programado para ser a terceira maior hidrelétrica do mundo, Belo Monte tem estado envolvida em polêmica nos últimos 20 anos. O mega-projeto, que deverá desviar o fluxo do rio Xingu e devastar uma extensa área da floresta amazônica, ameaça a sobrevivência dos povos indígenas. A carta ao presidente Lula foi assinada por um grupo de importantes organizações ambientalistas e de direitos humanos, incluindo o Greenpeace, a Anistia Internacional, e por 40 grupos indígenas de todo os EUA, Europa, Ásia e África.
Entre seus argumentos, a carta de Lula incentiva a adotar alternativas às mega-barragens na Amazônia, a refutar a afirmação do governo de que Belo Monte irá fornecer energia limpa e renovável, e mostrando como Belo Monte poderia realmente exacerbar as mudanças climáticas. De fato, enquanto Belo Monte é dito para fornecer energia limpa, a barragem irá emitir grandes quantidades de metano, um gás de efeito estufa que é 25 vezes mais potente por tonelada de CO2. Estudos têm demonstrado que através do investimento em eficiência energética o Brasil poderia reduzir a demanda por eletricidade em 40% até 2020 e economizar R$ 19 bilhões. A quantidade de energia economizada seria equivalente a 14 barragens de Belo Monte."

Ler texto original em:
http://www.amazonwatch.org/newsroom/view_news.php?id=2029

Ao lado, relação das 140 organizações que assinaram a carta, enviada ao governo brasileiro em 11/03/2010.

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