"Hoje, uma coalizão de 140 organizações internacionais enviaram uma carta ao presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, para exigir que ele suspenda imediatamente os planos para a construção da barragem de Belo Monte, no rio Xingu, na Amazônia, devido ao seu enorme impacto social e ambiental, e cobrado a procurar alternativas. A carta foi enviada ao presidente Lula após uma reunião de emergência convocada pelo Movimento Xingu Vivo Para Sempre, que reuniu dezenas de organizações brasileiras e internacionais contra a barragem em Altamira, uma cidade que será parcialmente alagada pelo projeto.
Programado para ser a terceira maior hidrelétrica do mundo, Belo Monte tem estado envolvida em polêmica nos últimos 20 anos. O mega-projeto, que deverá desviar o fluxo do rio Xingu e devastar uma extensa área da floresta amazônica, ameaça a sobrevivência dos povos indígenas. A carta ao presidente Lula foi assinada por um grupo de importantes organizações ambientalistas e de direitos humanos, incluindo o Greenpeace, a Anistia Internacional, e por 40 grupos indígenas de todo os EUA, Europa, Ásia e África.
Entre seus argumentos, a carta de Lula incentiva a adotar alternativas às mega-barragens na Amazônia, a refutar a afirmação do governo de que Belo Monte irá fornecer energia limpa e renovável, e mostrando como Belo Monte poderia realmente exacerbar as mudanças climáticas. De fato, enquanto Belo Monte é dito para fornecer energia limpa, a barragem irá emitir grandes quantidades de metano, um gás de efeito estufa que é 25 vezes mais potente por tonelada de CO2. Estudos têm demonstrado que através do investimento em eficiência energética o Brasil poderia reduzir a demanda por eletricidade em 40% até 2020 e economizar R$ 19 bilhões. A quantidade de energia economizada seria equivalente a 14 barragens de Belo Monte."
Ler texto original em: http://www.amazonwatch.org/newsroom/view_news.php?id=2029
Ao lado, relação das 140 organizações que assinaram a carta, enviada ao governo brasileiro em 11/03/2010.
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