Fotografia: MST/Pará
LATIFÚNDIO TENTA CRIMINALIZAR O MST, MAS FRACASSA.
Ontem por volta das 17 hs, os Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Sem Terra do Acampamento Quintino Lira que reocuparam a Fazenda Cambará, grilada pela Família Bengstson, receberam a presença da polícia militar e civil, sob a alegação de cumprir diligência pelo motivo de um Boletim de Ocorrência da empresa Marca Segurança, de que haveria pessoas em cárcere privado, maquinários agrários retidos e armamento com os trabalhadores.
Mesmo sob essas alegações, a intenção declarada pela polícia era de retirar as famílias e intervir na área, que já está com o processo de arrecadação (retomada das terras pelo poder público) em andamento. Ainda durante a operação ocorrida, se mantiveram na porteira da Fazenda os supostos seguranças da empresa Marca.
A situação só não se agravou pelo fato de que ao mesmo tempo chegou à área representação da defensoria agrária do Estado. Juntos aos advogados/a da Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SDDH), o defensor Francisco Nunes mediou a negociação com os representantes das polícias e o fato não se desdobrou na soma de mais uma tragédia, como a morte do Caribé.
Os/as trabalhadores/as rurais sem terra não se recusaram a retirada do trator que estava na fazenda e nem a verificação de que não procedia a alegação de presença de reféns e armamento. Logo após o ocorrido, chegaram a frente da fazenda representantes da família de Josué Bengstson.
A situação demonstra como funciona e reage o latifúndio na atualidade, se utilizando de mecanismos diversos para manter seu controle, o uso de milícias articuladas como empresas de segurança, aparato do Estado, através da Polícia e ainda a tentativa de criminalização dos movimentos sociais.
Belém, 16 de Setembro de 2010
Direção Estadual do MST - Pará
REFORMA AGRÁRIA: POR JUSTIÇA SOCIAL E SOBERANIA POPULAR
Um comentário:
muito bom o seu blog, parabéns. Pessaoas como vc que q o Brasil precisa. Mais feliz ao saber que vc é da terrinha (Belem-pa).
abçs!
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