terça-feira, 28 de setembro de 2010

Gaza: Irene é interceptado


A Marinha de Israel interceptou nesta terça-feira (28) em alto-mar o veleiro Irene, de pacifistas judeus que tentava romper simbolicamente o bloqueio marítimo da Faixa de Gaza.

"Dez navios de guerra israelenses obrigaram o veleiro a desviar para Ashdod" (porto israelense), declarou à France Presse um dos organizadores, Amjad al-Shawa, que estava em terra em Gaza.

Ler mais em: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2010/09/marinha-israelense-intercepta-veleiro-de-pacifistas-judeus.html

Intifada: moradores do bairro de Silwan resistem.

Fonte: http://somostodospalestinos.blogspot.com/2010/09/silwan-o-bairro-cujas-casas-israel-quer.html

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Irene navega, rumo a Gaza.


[Tradução do Diário Liberdade] Uma nova flota com ajuda para Gaza partiu ontem desde o Chipre. O barco está tripulado por ativistas judeus que pretendem deixar em evidência que nem todos os judeus apoiam o embargo contra a Faixa de Gaza. Temem ser interceptados antes de chegar à terra palestina. Há quatro meses militares israelenses atacaram uma flotilha em águas internacionais e mataram nove de seus passageiros.
O veleiro Irene, que significa "paz" em grego, saiu ontem desde o porto Famagusta, na zona turca do Chipre. Leva duas bandeiras, uma britânica e outra turca. Mas também faz tremer bandeiras multicoloridas com os nomes dos judeus que apoiam esta viagem. Segundo seus organizadores, o barco vai carregado com ajuda humanitária "simbólica" e constitui um ato de protesto. Levam brinquedos para crianças, instrumentos musicais, livros de texto, redes de pesca e próteses para os hospitais de Gaza.
A intenção de quem viaja a bordo do barco é chamar a atenção sobre a situação na qual vive mais de um milhão e meio de palestinos depois que Israel dispôs já a mais de três anos um bloqueio à Faixa de Gaza. A tripulação está composta por ativistas judeus dos Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha e Israel. Também somaram-se aos militantes um jornalista do Canal 10 da televisão israelense e o sobrevivente do Holocausto Reuven Moskovitz, de 82 anos.

"Se nós judeus queremos sobreviver, não pode ser mediante a violência. Eu amo meu país, mas não podemos fazer com nosso inimigo o que não queremos que façam contra nós", disse o homem que conseguiu sobreviver nos campos de concentração nazistas. "O Estado de Israel é um sonho magnífico feito realidade, há que fazer de tal maneira que não se converta em pesadelo. Sou sionista, creio ter meu lugar nesta terra, mas não é um motivo para roubar as terras dos palestinos e violar os direitos de 1,5 milhões de pessoas", sentenciou Moskovitz. "O que sucede em Gaza me lembra a vida no gueto. Convertemos em inimigos e fechamos toda a população da Faixa, não somente as pessoas da organização Hamas", disse o pacifista judeu ao diário El País da Espanha. Segundo Moskovitz, a ideia do barco Irene é chegar a Gaza e caso seja interceptado, resistir sem apelar à violência.

A instituição organizadora, Judeus pela Justiça para os Palestinos, estima que a viagem pode durar cerca de dois dias, ainda que tema que o exército israelense os intercepte antes de tocar a terra palestina. Em maio passado comandos israelenses atacaram o cruzeiro Mavi Marmara em águas internacionais e mataram nove ativistas pró-palestinos. Esse ataque custou ao governo de Benjamín Netanyahu uma catarata de críticas. "Esta é uma ação não violenta. Queremos chegar a Gaza e nossos ativistas não se envolverão em nenhuma confrontação física", deixou claro Richard Kuper, um dos organizadores.

Fonte: http://diarioliberdade.org/index.php?option=com_content&view=article&id=7063:partiu-uma-nova-flotilha-humanitaria-para-gaza&catid=241:direitos-nacionais-e-imperialismo&Itemid=156

Belo Monte de Violências (II)


Fonte: http://www.belomontedeviolencias.blogspot.com/

A primeira ação judicial apontando os erros da UHE de Belo Monte durou quatro anos (2001-05), como se viu no artigo anterior. Foi o tempo que o governo federal levou para se conscientizar, após perder em todas as instâncias, de que o projeto não poderia ser executado como previsto: sem o licenciamento ambiental do Ibama e; sem a autorização do Congresso Nacional, já que o projeto afetaria terras indígenas.

Em 2005, já sob o controle petista, o governo federal surpreende a todos com a retomada do projeto. Pediu o licenciamento junto ao Ibama e o Deputado Federal Fernando Ferro, do PT de Pernambuco, apresenta no Congresso uma proposta decreto legislativo que autorizava Belo Monte.

Foi um grande susto, ninguém poderia imaginar que, sob o controle do PT, o projeto poderia ser retomado sem discussão com a sociedade. Em uma reunião com sindicatos de trabalhadores, associações, lideranças indígenas e religiosas, movimento de mulheres, e o MPF, em Altamira, dei a informação do que estava ocorrendo. Notei forte sentimento de indignação. Mais do que isso. Os líderes da sociedade civil mais bem organizada da Amazônia – região da Transamazônica e Xingu – sentiram-se traídos.

Em verdade, a troca no governo federal não promoveu nenhuma mudança significativa no setor de energia. Os principais técnicos da área que a comandavam no governo do Presidente Fernando Henrique eram os mesmo do governo do Presidente Lula.

Nesse mesmo ano de 2005, especialistas do Brasil e de fora lançam um livro que pesa mais de um quilo, sobre os erros de Belo Monte. O livro foi intitulado “Tenotã-Mo – Alertas sobre as Conseqüências de Barramento do Rio Xingu”, organizado por Oswaldo Sevá Filho, da UNICAMP, e editado por Glenn Switkes, de saudosa memória. Tenotã-mo é uma palavra kaiapó que significa aquele que segue na frente.

O livro prova que a capacidade de geração de energia de Belo Monte chegará no máximo a um terço do que propaga o governo. Seu custo é altíssimo, diante da produção irrisória de energia. Alguns meses do ano, Belo Monte ficará parada em virtude da vazão do Xingu no período de seca.

Quando o livro foi lançado em Altamira, eu mesmo entreguei um exemplar à representante da ELETRONORTE. Disse que o governo tinha obrigação de mostrar que tudo aquilo estava errado, que os professores que assinavam os artigos estavam fora de suas faculdades mentais. Ela me disse que eu teria uma resposta logo. Passaram-se cinco anos e a ELETRONORTE jamais mandou uma resposta nem rebateu os cálculos em qualquer revista científica.

A proposta de Decreto Legislativo que autorizaria Belo Monte deveria cumprir o que manda a Constituição do Brasil “O aproveitamento dos recursos hídricos, incluído os potenciais energéticos...em terras indígenas só podem ser efetivados com autorização do Congresso Nacional, ouvidas as comunidades afetadas...” (art. 231,§ 3º )

Seria a grande oportunidade de debate nacional sobre Belo Monte. Indígenas e cientistas seriam ouvidos. Nada disso aconteceu. Ao contrário, a proposta é aprovada na Câmara e no Senado em tempo recorde: menos de 15 dias úteis. Um dos senadores o chama de “projeto bala”.
O “projeto bala” ocultava com a pressa sua inconstitucionalidade por não ouvir as comunidades afetadas.

Assim, uma segunda ação contra Belo Monte é proposta pelos Procuradores da República no início de 2006. Tentava mostrar que o Decreto Legislativo n° 788/2005 era inconstitucional por não ouvir as comunidades indígenas afetadas. Conseguimos liminar para sustar o processo que, um mês depois, em maio de 2006, foi derrubada. Essa ação teve idas e vindas, paralisando o empreendimento até 2007, quando decisão da então presidente do STF (Ministra Ellen Gracie) suspendeu o entendimento do Tribunal Regional Federal de Brasília (TRF1) e liberou novamente o projeto.

Aguarda-se decisão que, se der razão ao MPF, paralisa todo o processo de Belo Monte e determina que o Congresso Nacional promova audiências públicas para ouvir os indígenas e discutir o projeto. Será o momento do grande debate nacional.

A pergunta no ar é: o que está sendo escondido do povo brasileiro? Por que não houve a audiência com os indígenas? O Decreto que autorizou Belo Monte remeteu essa tarefa para o órgão ambiental, que também não o fez até hoje.

Belo Monte de Violências (I)


"Inaugura-se aqui uma série de nove artigos – um por semana – que têm o objetivo de informar a razão pela qual o Ministério Público Federal ingressou com nove ações judiciais em dez anos de trabalho no projeto da Hidrelétrica de Belo Monte.

No ano 2000 houve um encontro de procuradores da República com os indígenas do Xingu. Representantes do povo Juruna, da Volta Grande do Xingu, disseram que encontraram nas margens do rio várias tábuas com números gravados. Eram réguas de medição. Estavam assustados. Temiam que fosse mais uma tentativa de construir uma barragem no Xingu. A lembrança do I Encontro dos Povos Indígenas do Xingu em 1989, quando a índia Kaiapó Tuíra passou o facão no rosto de um dirigente da ELETRONORTE, ainda estava nítida.

Imediatamente começamos a investigação. Os estudos já estavam em grau avançado. Mandamos a mensagem aos índios de que a régua significava exatamente o que eles temiam: a retomada pelo governo do projeto de construir uma barragem no rio Xingu. Eles responderam com a uma carta encarada como profecia. Dizia “nós, índios Juruna, da Comunidade Paquiçamba, nos sentimos preocupados com a construção da Hidrelétrica de Belo Monte. Porque vamos ficar sem recursos de transporte, pois onde vivemos vamos ser prejudicados porque a água do Rio vai diminuir como a caça, vai aumentar a praga de carapanã com a baixa do rio, aumentando o número de malária, também a floresta vai sentir muito com o problema da seca e a mudança dos cursos dos rios e igarapés ... Nossos parentes Kaiapó, Xypaia, Tembé, Maitapu, Arapium,Tupinambá, Cara-Preta, Xicrin, Assurini, Munduruku, Suruí, Guarani, Amanayé, Atikum, Kuruaya ... vão apoiar a Comunidade ...”

Tudo estava sendo feito contra a Constituição, a começar pela falta de consulta dos indígenas pelo Congresso Nacional antes de tudo se iniciar. É o que determina o artigo 231, §3º, da Constituição: “O aproveitamento dos recursos hídricos, incluídos os potenciais energéticos... em terras indígenas só podem ser efetivados com autorização do Congresso Nacional, ouvidas as comunidades afetadas...”

Seria momento do grande debate. Deputados e senadores ouviriam indígenas, outras comunidades afetadas e especialistas para sopesar os impactos positivos e negativos, o polêmic sobre a energia a ser gerada e, assim, autorizá-la ou não. Mas o governo ignorou tudo.

Havia problema também quanto ao local do licenciamento, a hoje Secretaria de Estado de Meio Ambiente – SEMA. O rio Xingu é um rio federal. Ele nasce no leste do Estado do Mato Grosso. Após percorrer aproximadamente 2.100 quilômetros, deságua no rio Amazonas, no Pará. Em se tratando de um rio federal, e ainda por banhar terra indígena, seu licenciamento somente pode ser realizado pelo IBAMA, nunca por um órgão estadual, como estava sendo feito.

Mas não era tudo. Com a ajuda de técnicos, como antropólogos e biólogos do MPF, descobriu-se também que havia incompatibilidade entre os cronogramas da ELETRONORTE e do Estudo de Impacto Ambiental e seu relatório (EIA/RIMA). O término de uma das viagens de pesquisa estava previsto para novembro de 2001, mas o EIA/RIMA estaria pronto 8 meses antes, em março de 2001. Como pode o Estudo de Impacto Ambiental estar pronto antes do estudo de campo ser concluído? Para que tanta pressa no licenciamento de uma das obras mais caras do Brasil?

E mais. A ELETRONORTE contratou a FADESP – Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa, para a elaboração do EIA/RIMA, sem licitação, ao preço de R$ 3.835.532,00. O resultado jamais foi mostrado ao público.

O Termo de Referência do empreendimento, que determina o conteúdo do EIA/RIMA, não contou com a participação do IPHAN – INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL, apesar da área de incidência direta da obra abrigar sítios arqueológicos.

Diante de tantas ilegalidades, não restou outra alternativa senão entrar com uma ação civil pública ambiental em maio de 2001. A Justiça Federal determinou a paralisação de tudo. Em sua decisão, o Juiz Federal Rubens Rollo D´Oliveira declara que “o desvio projetado na Volta Grande do Xingu atinge em cheio a área indígena JURUNA (Paquiçamba), e dizem os estudos da ELETRONORTE, parte da cidade de Altamira/PA, com reflexos ambientais e sociais de monta, a exigir a mais perfeita elaboração do estudo de impacto ambiental e social.”

O governo federal recorre ao Tribunal Regional Federal em Brasília, e perde. Recorre ao Supremo Tribunal Federal, e perde novamente. Na decisão, o Ministro Marco Aurélio sentencia que o licenciamento de Belo Monte, da forma que estava sendo realizado, contraria a Constituição. É necessário autorização do Congresso Nacional e que sejam ouvidas por ele as comunidades indígenas.

A primeira batalha estava vencida, mas a pergunta ficou no ar: o que estão escondendo em Belo Monte que não pode ser revelado para a sociedade brasileira."

Fonte: http://www.belomontedeviolencias.blogspot.com/

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Rumo a Gaza. Mais uma flotilha será formada.


Rumbo a Gaza: 2, 200, 2.000

Rumbo a Gaza es una iniciativa nacida desde la sociedad civil que tiene por objetivo el conocer la realidad cotidiana que la población de Gaza vive en primera persona. Para ello nos marcamos el objetivo de conseguir 2 barcos que puedan albergar a 200 personas y 2.000 toneladas de ayuda humanitaria, que será entregada a la UNRWA a nuestra llegada a Gaza para que gestione su distribución. Entre las personas que ya se han comprometido a acompañarnos en esta travesía se encuentran actores, periodistas, escritores, músicos, sindicalistas y activistas sociales que con su presencia, se comprometen a denunciar la insostenible situación a la que está sometida la población de la franja de Gaza.

Mais informações: http://www.rumboagaza.org/

Chile: prédio da UNICEF é ocupado por 40 estudantes.


Un grupo de 40 estudiantes pertenecientes a la Asamblea Coordinadora de Estudiantes Secundarios, Aces, se tomó esta mañana las dependendias de la Unicef, en protesta por tres jóvenes mapuche menores de edad, quienes están recluidos hace varios meses en un centro de reclusión de Chol Chol y en la actualidad se encuentran haciendo huelga de hambre.

Integrantes de la Aces se toman Unicef en apoyo a presos mapuche menores de edad.

A eso de las 10:30 de esta mañana los estudiantes dieron inicio a la acción de protesta en solidaridad con sus pares, tres menores de edad, Luis Marileo Cariqueo, Cristian Cayupan Morales y Jose Ñiripil Pérez, quienes se encuentran recluidos en un Centro Privativo de Libertad Adolescentes investigados por la Ley Antiterrorista.

Victoria Cárdenas, vocera de la Aces, manifestó que solidarizan con los jóvenes mapuche recluidos en el sur y que reivindican su libertad. Asimismo, exigen que los representantes de la Unicef y el Gobierno se manifiesten al respecto y den una pronta solución.

La portavoz de la agrupación estudiantil, Victoria Cárdenas, explicó que se tomaron la Unicef como una medida de presión, debido a que “esta es una organización internacional que debería interponerse en defensa de los niños, por lo cual pensamos que debería intervenir radicalmente en esta situación y aún no lo ha hecho”.

Por su parte, Erick Millán, vocero de los presos mapuche en huelga de hambre, afirmó que el pasado miércoles visitó a estos jóvenes y que están en una situación lamentable, han bajado de 6 a 7 kilos y han tenido serias descompensaciones de salud. De hecho, según afirmó Millán, hace pocas horas Luis Marileo debió ser trasladado de urgencia al recinto hospitalario de Nueva Imperial.

Estos jóvenes ya suman 24 días en huelga de hambre, desde que se sumaron a la manifestación el pasado 1 de septiembre, ocasión en la que denunciaron que el centro de detención CIP CRC Chol Chol, nunca ha reconocido su calidad de menores, lo cual se manifiesta en la restricción de visitas de sus seres queridos, así como también de la prohibición de ingresar la alimentación adecuada que necesitaban para su desarrollo.

Los tres menores de edad se encontraban estudiando al momento de su detención y se les implica por su supuesta participación en quema de predios agrícolas y el ataque a un camión. Erick Millán asegura que son muchos los casos de menores que ven atropellados sus derechos de infancia y, en tal sentido, piensa que la Unicef debería pronunciarse y hacer un llamado al Gobierno para que se dejen de cometer “estos atropellos a los derechos humanos”.

Hasta el momento, los estudiantes de la Asamblea Coordinadora de Estudiantes Secundarios se encuentran aún en las dependencias de la Unicef, esperando alguna respuesta de parte de la institución o del Gobierno.

Plínio e a dívida pública

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Há 65 anos nascia Gonzaguinha

Luiz Gonzaga do Nascimento Júnior nasceu em 22/09/1945, no Rio de Janeiro. Crítico da ditadura militar instalada no Brasil, teve várias de suas composições barradas pelos órgão de censura. Nada menos que 54 canções foram censuradas pelos militares. Faleceu em abril/1991, em um acidente automobilpistico ocorrido em uma estrada no Paraná.
Para comemorar seu nascimento, vale a pena ver estas imagens, tiradas de um programa produzido pela TV Cultura em 1990.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Belo Monte: reunião às escondidas em Belém.

Governo federal marcou para amanhã (22) em Belém reunião para decidir
como gastar R$ 500 milhões previstos para obras de infraestrutura em
Altamira. Ninguém da sociedade civil da região do Xingu, nem aqueles
que seriam mais atingidos pela obra foram convidados.

Ler mais em: http://xingu-vivo.blogspot.com/2010/09/governo-tenta-aprovar-projetos-para.html

Abaixo, o documento que vazou:

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
CASA CIVIL
Grupo Executivo Intergovernamental - Decreto de 19 de novembro de 2009

Prezados senhores,

Cumprimentando-os, faço referência ao Decreto de 19 de novembro de 2009, que instituiu Grupo de Trabalho Intergovernamental com o objetivo de concluir o Plano de Desenvolvimento Regional Sustentável - PDRS do Xingu, para convidá-los a participar de reunião no dia 22 de setembro do corrente, a partir das 9h, no auditório do Centro Integrado de Governo - CIG, localizado na Avenida Nazaré, 871, Bairro Nazaré, Belém/PA, com a seguinte pauta:

1. aprovação do documento final - PDRS do Xingu, incluindo o capítulo de cenários demográfico e econômico;
2. critérios para a destinação dos recursos financeiro previstos no edital de Belo Monte (R$500.000.000,00);
3. avaliação dos Projetos Básicos Ambientais - PBAs; e
4. assuntos gerais.

Atenciosamente,

Fernando Beltrão
SAG/Casa Civil - PR

BB será responsabilizado por danos no Xingu.

Mais de 100 organizações da sociedade civil brasileira e internacional enviaram uma notificação extrajudicial ao Banco do Brasil nesta segunda-feira (20), cobrando que o banco não financie a usina hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu (PA).

O documento levanta os diversos problemas socioambientais e de direitos humanos que a usina de Belo Monte deve causar, como impactos na qualidade da água ou a seca que a usina causará na Volta Grande do Xingu, onde vivem centenas de famílias que dependem do rio para sobreviver, além de problemas no processo de licenciamento da usina.
Segundo Roland Widmer, coordenador de Eco-Finanças da organização Amigos da Terra - Amazônia Brasileira, o projeto atual de Belo Monte violaria a Constituição, que reconhece aos índios os direitos originários sobre as terras que ocupam, inclusive as utilizadas para suas atividades produtivas.

"Quem financiar Belo Monte se tornará, automaticamente, responsável solidariamente por todos os danos ambientais que vierem a ocorrer. [Se danos vierem a ocorrer,] os financiadores poderão ser responsabilizados por todos os custos decorrentes dos impactos sobre a fauna, flora e pessoas da região. Além disso, a reputação dos financiadores sofrerá grandes danos. Seria muito imprudente para uma instituição como o Banco do Brasil assumir tamanhos riscos. Diante disso, quero acreditar que o BB pondere esses riscos devidamente na sua tomada de decisão e não financie Belo Monte", diz Widmer.

Ler mais em: http://telmadmonteiro.blogspot.com/2010/09/belo-monte-organizacoes-enviam.html

Pensamentos.....

O que estarão pensando os presentes na foto?

Plantações não são florestas


quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Segue a luta pela fazenda Cambará.




Fotografia: MST/Pará

LATIFÚNDIO TENTA CRIMINALIZAR O MST, MAS FRACASSA.

Ontem por volta das 17 hs, os Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Sem Terra do Acampamento Quintino Lira que reocuparam a Fazenda Cambará, grilada pela Família Bengstson, receberam a presença da polícia militar e civil, sob a alegação de cumprir diligência pelo motivo de um Boletim de Ocorrência da empresa Marca Segurança, de que haveria pessoas em cárcere privado, maquinários agrários retidos e armamento com os trabalhadores.

Mesmo sob essas alegações, a intenção declarada pela polícia era de retirar as famílias e intervir na área, que já está com o processo de arrecadação (retomada das terras pelo poder público) em andamento. Ainda durante a operação ocorrida, se mantiveram na porteira da Fazenda os supostos seguranças da empresa Marca.

A situação só não se agravou pelo fato de que ao mesmo tempo chegou à área representação da defensoria agrária do Estado. Juntos aos advogados/a da Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SDDH), o defensor Francisco Nunes mediou a negociação com os representantes das polícias e o fato não se desdobrou na soma de mais uma tragédia, como a morte do Caribé.

Os/as trabalhadores/as rurais sem terra não se recusaram a retirada do trator que estava na fazenda e nem a verificação de que não procedia a alegação de presença de reféns e armamento. Logo após o ocorrido, chegaram a frente da fazenda representantes da família de Josué Bengstson.

A situação demonstra como funciona e reage o latifúndio na atualidade, se utilizando de mecanismos diversos para manter seu controle, o uso de milícias articuladas como empresas de segurança, aparato do Estado, através da Polícia e ainda a tentativa de criminalização dos movimentos sociais.

Belém, 16 de Setembro de 2010

Direção Estadual do MST - Pará

REFORMA AGRÁRIA: POR JUSTIÇA SOCIAL E SOBERANIA POPULAR

Dira Paes: Defendendo os Rios da Amazônia

Narrado pela atriz paraense Dira Paes, conhecida como uma das principais vozes em defesa dos direitos humanos e do meio ambiente em seu estado, Defendendo os Rios da Amazônia mostra de modo realista os impactos previstos da hidrelétrica de Belo Monte, como o alagamento de parte de Altamira e a seca de um trecho de cerca de 100 km de rio, afetando populações indígenas, ribeirinhos e agricultores familiares.

O vídeo também apresenta os impactos de Belo Monte sobre a rica biodiversidade de animais e peixes da região, e como os reservatórios do projeto poderiam se tornar um grande criadouro de mosquitos transmissores da malária. Além disso, o vídeo demonstra que os reservatórios produziriam uma grande quantidade de metano, um dos mais potentes gases de efeito estufa que contribuem para as mudanças climáticas.

Para Dira Paes, a luta pela preservação do Xingu é a luta pela vida da Amazônia e de seus povos: "Não podemos nos omitir diante da exploração indevida e absurda da floresta. Este rio jamais poderia ser ameaçado pela construção de Belo Monte. Estamos degradando o que nos resta da grande reserva ambiental do planeta. Não podemos aceitar que a fauna, a flora e o ser humano sejam desrespeitados em nome de uma energia destrutiva".

Ler mais em: http://xingu-vivo.blogspot.com/2010/09/novo-video-com-animacoes-do-google.html





MST ocupa fazenda Cambará

O MST vem a público declarar:

1- O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) reocupou na manhã de hoje (15/09) com mais de 150 famílias novamente a Fazenda Cambará, para exigir o imediato assentamento das famílias do acampamento Quintino Lira.

2- O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA, bem como o Programa Terra Legal e Instituto de Terras do Pará - ITERPA, assumiram o compromisso de oficialmente declarar que as terras são públicas em reunião com os trabalhadores nesta segunda-feira 13/09 no INCRA, compromissos afirmados inclusive de âmbito nacional em reunião com Ouvidor Agrário Nacional (Gercino José da Silva Filho).

3- Permanece o clima de terror e ameaças aos trabalhadores, bem como a omissão da própria polícia de Santa Luzia e até o momento não há nenhum autoridade pública no município.

4- Exigimos a prisão imediata dos pistoleiros que assassinaram o trabalhador José Valmeristo Soares, bem como dos mandantes Josué Bengstson e seu Filho Marcos Bengstson.

Direção Estadual do MST Pará

Belém, 15 de setembro de 2010



Histórico: A Fazenda Cambará faz parte de uma gleba federal chamada Pau de remo e possui 6.886 há de terras públicas. O fazendeiro e ex-deputado Federal Josué Bengstson possui somente 1.800 há com títulos e a Promotora de Justiça Ana Maria Magalhães já denunciou várias vezes que se trata de terras públicas. Os trabalhadores já haviam denunciado na ouvidoria agrária do INCRA, Ouvidoria Agrária Nacional do MDA, Delegacia Regional do MDA, Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Pará e Secretaria de Segurança Pública do Pará as várias ameaças de morte sofridas pelos jagunço e pela própria polícia de Santa Luzia e Capitão Poço sem que nenhuma providência tenha sido tomada.

Por volta de 09:00h do dia 03/09 da manhã dois trabalhadores rurais João Batista Galdino de Souza e José Valmeristo o Caribé se dirigiam a cidade de Santa Luzia do Pará quando foram abordados por um grupo de três pistoleiro armados no ramal do Pitoró que os obrigaram a entrar em um carro onde foram espancados e torturados. Após seção de torturas foram obrigados a descer no Ramal do Cacual próximo à cidade de Bragança com a promessa de que iriam acertar as contas. João Batista Galdino conseguiu escapar e denunciou publicamente o corrido.

Ativismo não é crime


Cerca de 40 pessoas participaram hoje de um protesto em frente ao Consulado do Japão, em São Paulo. Vestidos de preto, os ativistas carregavam faixas com a mensagem “Ativismo não é crime” e fizeram uma hora de silêncio na avenida Paulista. A ação faz parte de um conjunto de atividades organizadas por escritórios do Greenpeace ao redor do mundo, para apoio aos ativistas Junichi Sato e Toru Suzuki, processados por denunciar um escândalo de corrupção dentro do programa baleeiro mantido pelo governo japonês.

Sato e Suzuki foram acusados de roubo e invasão de propriedade depois de desenvolverem uma investigação de interesse público. A pesquisa comprovou o desvio de caixas de carne de baleia para o uso privado da tripulação dos navios baleeiros, e não para a pesquisa científica, como alega o governo japonês. Ambos foram condenados a um ano de prisão, com pena suspensa por três anos. Isso significa que, por três anos, estarão impedidos pelo governo de se envolver em atividades do Greenpeace.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Hidrelétricas no Tapajós: preparando a resistência.

Sob o título "Energia, a riqueza que emerge do Tapajós", o jornal Diário do Pará, publicou uma reportagem sobre o potencial hídrico do Rio Tapajós a ser explorado pelos projetos de construção de várias usinas hidrelétricas.

A reportagem foi reproduzida pelo sítio Amazonia.org.br, 10-09-2010 e pelas "Notícias do Dia" do IHU, 11-09-2010, com um amplo adendo "Para ler mais".

Edilberto Sena, padre, membro da Frente em Defesa da Amazônia, de Santarém, em nome da articulação Tapajós Vivo, contesta a reportagem.

"Só quem não conhece a cidade pode afirmar isso, ou sendo plantador de afirmações ufanistas com segundas intenções, o mais provável. Itaituba hoje vive o refluxo do ciclo dos garimpos: 100.000 habitantes, imensa periferia desordenada, maioria ex garimpeiros, um comércio dependente de Santarém e do sul do país, importando hortaliças, frutas e outros produtos de fora. Exploração de ouro continua, mas agora como admite o artigo, com grandes empresas forasteiras explorando ouro com tecnologia moderna e levando para fora os lucros. O que sustenta hoje a economia da cidade é a exploração desordenada de madeira (até o atual prefeito é grande madeireiro), uma criação de gado incipiente, herança de alguns donos de garimpos que empregaram seus lucros em fazendas e uma fábrica de cimento, que explora matéria prima local e vende cimento muito mais caro do que 15 anos atrás, quando cimento era importado. Quanto a maior produtor de energia elétrica será também o maior desastre econômico, social e ambiental da Amazônia. Para se ter uma idéia, caso as cinco usinas forem construídas serão 1.950 kms quadrados de inundações numa só bacia hidrográfica, o Tapajós; serão milhares de hectares de florestas de unidades de conservação destruídas, inclusive no Parque Nacional da Amazônia e no Parque Nacional do Jamanxin."

"Mas já existe aqui na região um crescente número de organizações populares que não aceitarão passivas as investidas dos que querem destruir os rios, as populações e as Unidades de Conservação para construir usinas poluentes e destruidoras da vida na região. Já existe uma Aliança Tapajós Vivo, que articula resistência firme, junto com os índios Munduruku contra os engodos da Eletronorte. O desastre atual no rio Madeira é um alerta para nós do Tapajós, por isso, estamos preparando a resistência."

Ler mais em: http://www.ihu.unisinos.br/index.php?option=com_noticias&Itemid=18&task=detalhe&id=36234

domingo, 12 de setembro de 2010

11 de Setembro, por Ken Loach



Em 2006, "11 diretores foram convidados para fazer um filme sobre a queda das torres gêmeas em 11 de setembro. Essa é a brilhante contribuição de Ken Loach que traça um paralelo com um outro 11 de setembro, aquele de 1973 no Chile."

Mapa da Injustiça Ambiental e Saúde no Brasil

Da Campanha por um Brasil Ecológico,
Livre de Transgênicos e Agrotóxicos


O Mapa de conflitos envolvendo injustiça ambiental e saúde no Brasil, disponível na internet em http://www.conflitoambiental.icict.fiocruz.br/, é resultado de um projeto desenvolvido em conjunto pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) e pela Fase - Solidariedade e Educação, com o apoio do Departamento de Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador do Ministério da Saúde.

Seu objetivo maior é, a partir de um mapeamento inicial, apoiar a luta de inúmeras populações e grupos atingidos em seus territórios por projetos e políticas baseadas numa visão de desenvolvimento insustentável e prejudicial à saúde.

A contaminação de ambientes rurais e residenciais e a intoxicação de trabalhadores e populações por agrotóxicos, assim como as disputas por terras, o desemprego e a insegurança alimentar provocados pela expansão do agronegócio constituem graves exemplos de injustiça ambiental e, como não deixaria de ser, figuram em diversos casos deste mapeamento.

Para todos estes casos, o Mapa da Injustiça Ambiental constitui uma importante ferramenta de denúncia e de articulação em busca de soluções.

Em entrevista exclusiva para a AS-PTA, o pesquisador da Fiocruz Marcelo Firpo, coordenador geral do projeto, fala sobre a origem, a evolução e as perspectivas deste trabalho.

Ler mais em: http://www.mst.org.br/node/10561

Outro candidato do PTB envolvido em crimes no campo.


Usina de candidato mantém 207 em quadro de trabalho escravo


Aliciados no Nordeste, cortadores eram submetidos a condições de escravidão na usina Vale do Paranaíba, em Capinópolis (MG). Unidade pertence ao Grupo João Lyra, do candidato a deputado federal por Alagoas, João Lyra (PTB)

Por Bianca Pyl

Aliciados em estados do Nordeste, 207 trabalhadores eram mantidos em condições análogas à escravidão nos canaviais da Laginha Agroindustrial, na unidade Vale do Paranaíba, em Capinópolis (MG). A empresa faz parte do Grupo João Lyra, do candidato a deputado federal por Alagoas, João Lyra (PTB). A libertação ocorreu entre 9 e 20 de agosto.

Parte do Programa Nacional de Investigação e Combate às Irregularidades do Setor Sucroalcooleiro no Estado de Minas Gerais, a fiscalização contou com a participação de integrantes da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Minas Gerais (SRTE/MG), do Ministério Público do Trabalho (MPT) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Segundo o procurador do trabalho Fábio Lopes, que participou da ação, os contratantes se valeram dos contratados para dificultar a comprovação do crime de aliciamento (Art. 207 do Código Penal). "Os empregados da usina entraram em contato com conhecidos nos estados nordestinos e pediram para que viessem a Minas, pois havia trabalho garantido".




Punição aos assassinos

Famílias do acampamento Quintino Lira, de Santa Luzia do Pará, fizeram um protesto durante a abertura do 2º Encontro Nacional do Fórum de Assuntos Fundiários, em Belém (PA), na noite desta quinta-feira (9/9).

Depois do ato, as famílias ocuparam a sede do Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

A manifestação exige a punição dos assassinos do trabalhador rural José Valmeristo Soares, o Caribé, e de seus mandantes Josué Bengstson (PTB), ex- deputado federal, e seu filho Marcos Bengstson, além da desapropriação da Fazenda Cambará,

Os trabalhadores já haviam denunciado aos órgãos públicos as ameaças de morte aos trabalhadores rurais acampados na Fazenda Cambará, por jagunços e pela própria polícia dos municípios de Santa Luzia e Capitão Poço.

Não foi tomada nenhuma providência, que resultou na morte do trabalhador rural Caribé.

Essa fazenda faz parte de uma gleba federal chamada Pau de Remo e possui 6.886 hectares de terras públicas.

O MST e diversos movimentos populares, sindicatos e igrejas denunciaram a violência e impunidade do latifúndio e a omissão do Estado.

Além disso, manifestaram apoio à campanha pela instituição de um limite para a propriedade rural.
Fonte: http://www.mst.org.br/Protesto-cobra-punicao-aos-assassinos-de-Sem-Terra-no-Para


Filho de Josué Bengtson é preso por morte de Sem Terra
O filho do pastor e ex-deputado federal Josué Bengtson, Marcos Bengtson, foi preso na tarde da última terça-feira (07), acusado de ser o mandante do assassinato do trabalhador rural José Valmeristo Soares. Valmeristo – conhecido como Caribé – foi morto no último dia 03 no município de Santa Luzia do Pará, no estado do Pará. Além de Marcos, foram presos dois pistoleiros suspeitos de serem executores do crime.

Ler mais em: http://www.cptnacional.org.br/index.php/noticias/12-conflitos/393-filho-de-josue-bengtson-e-preso-por-morte-de-sem-terra-

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

MST ocupa INCRA em Belém.



Nesta quinta-feira, 09/09, às 21h, a sede regional do INCRA em Belém foi ocupada por cerca de 40 trabalhadores rurais sem terra. Nas próximas horas mais dois ônibus deverão trazer outros lavradores para fortalecer o acampamento que será montado no órgão. A disposição de todos é sair somente após a certeza de que a Fazenda Cambará, grilada, palco do assassinato do companheiro Caribé, seja desapropriada e os culpados punidos. A partir de amanhã o MST estará organizando uma série de atividades no local e espera contar com a solidariedade dos movimntos sociais e do povo de Belém para mais esta luta por justiça e terra.

Ato pela reforma agrária e contra a violência no campo.




Diante dos conflitos existentes no campo e o recente assassinato de José Valmeristo Soares, o Caribé, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra e diversos outros movimentos populares, sindicais e Igrejas que apoiam a luta pela reforma agrária realizaram hoje, na abertura do II Encontro Nacional do Fórum de Conflitos Fundiários, em Belém-Pará, um ato político para denunciar a violência do latifundio, a omissão do Estado e a impunidade no campo; exigir o limite de propriedade de terra no Brasil e uma urgente Reforma Agrária Popular.

Pátria Livre do Latifundio!!
Venceremos!!

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Arte no Grito.


O grupo de teatro da UNIPOP, antes do encerramento do Grito dos Excluídos - 2010, em Belém, apresentou uma breve e criativa peça teatral, mostrando como se formam os latifúndios na Amazônia e merecendo os aplausos dos presentes.

Confira nas fotos abaixo.

Para que nos ouçam. Grito dos Excluídos, 2010.



Grito dos Excluídos, 07/09/2010, Belém-Pará

Militante do MST fala sobre o assassinato de Caribé

Jose Valmeristo Soares, o Caribe, uma das lideranças do acampamento Quintino Lira, foi assassinado na sexta feira dia 03 de setembro. Segundo lideranças do MST no PA, a três anos tanto Caribe, quanto outras lideranças do Acampamento, vinham sofrendo ameaças por parte dos donos da Fazenda Cambárá, Deputado Federal Josué Bengstson (PTB) hoje candidato a Câmara Federal, e seu filho Marcos Bengstson, descrito pelas lideranças do movimento como o “gerente” da fazenda.

O FAOR em Foco conversou com João Batista Galdino – Sobrevivente da execução em Santa Luzia , e transcreve abaixo o seu relato sobre os fatos.


“Nos recebemos uma intimação (trata-se de uma ação que o MST move contra a PM do Pará por um despejo ilegal realizado no acampamento) na quarta feira para comparecer na sexta feira em Santa Luzia (PA) às 09 da manhã. Quando foi na sexta feira nos saímos (Caribe e eu) por volta de 07:30h do “Pau de Remo”. Quando chegamos na Bela vista, o carro do pistoleiro, o carro do Marcos Bengstson, tava lá na Bela Vista. Fizeram o retorno e acompanharam a gente. Chegou lá numa ponte, eles tomaram a frente da moto, jogaram a pistola e os 38 em cima da gente. Daí paramos e eles fizeram nós entrar no carro. Nós íamos pra Santa Luzia prestar depoimento. Eles disseram:

- Pode deixar que nós vamos, vai dar tempo de dar o depoimento de vocês lá em Santa Luzia.

Quando chegamos na BR 316, ele desceu pro Cacoal, município de Bragança (PA). Quando chegou em Cacoal ele andou mais uns 8Km e entrou num ramal, ai ele agarrou e perguntou se o “Caribe” era o Zé Inácio.

- Não eu sou o Caribe.

Daí o sobrinho do Chequetão disse:

- Ah! Safado é tu mesmo que ta me mirando.

Daí deu três tapas na coxa dele. Daí nós fomos neste ramal. Quando chegou na beira de um lago ele disse:

- Aqui acabou o caminho agora nós vamos conversar para vocês não mexerem mais com quem tem dinheiro.

Ai o Caribe disse:

- Não Rapaz vamos conversar.

E ele disse:

- O tempo pra conversar já passou. Agora desce do carro.

Nós descemos do carro, um com dois 38 e o outro com uma pistola. Daí ele mandou nós em uma capoeira. Nós entramos na capoeira, de quatro pés. Abaixados. Daí eu vi um sororocal e eu cai dentro do sororocal correndo e eles atirando. Daí eu cai na água, cai na água descendo por água abaixo. Daí eu subi em uma ribanceira, e quando eu cheguei lá na frente eles deram mais 04 tiros. Daí eu cheguei em uma vilazinha, conversei com o pessoal e foram pra Bragança ligar porque lá não pegava o telefone. Minhas coisas eles levaram tudo. Levaram moto, meus dois celulares, minha mochila. Quando foi de cinco e meia pra seis horas a polícia de Santa Luzia chegou para me pegar. Ai eu disse que era pra nós irmos lá buscar o corpo, pois eu sabia mais ou menos onde estava o corpo do rapaz. O policial perguntou:

- Você tem certeza?

Eu disse:

- Tenho certeza, pois o cara quando faz assim, ele vem pra matar.

O rapaz deu gasolina para a polícia de Santa Luzia e a Polícia de Santa Luzia não foi. A PM.
Daí nós fomos pra Santa Luzia. Chegando lá, nós fomos para a delegacia para fazer a ocorrência. Daí eu voltei para a minha casa e liguei para a família do finado. Daí foi que eles disseram que daí a pouco estava chegando. Quando foi umas nove horas da noite chagaram sete motos. Daí perguntaram se eu estava preparado para acompanhar eles até o local onde tinha acontecido.

Daí eu disse:

- Tô.

Daí nos fomos a delegacia e chamemos a polícia, de novo, para acompanhar a gente, para remover o corpo. Ele disse que não (ia) pois eles estavam muito cansados e que não poderiam ir.
Daí nós arrumemos oito motos e nós fomos, até lá no acontecido.
Dez horas da manhã, achamos o corpo dele. Daí o rapaz foi, o sogro dele, e disse:

- Olha, é melhor não mexer no corpo dele. O rapaz ta morto é melhor esperar o IML chegar pra remover.

Daí disseram:

- Aqui não é filho de cachorro não. Nós chamamos muitas vezes a polícia e ela não veio. Vamos botar na garupa da moto e vamos levar. (O corpo de Caribe foi amarrado ao corpo de um motociclista e assim chegou até a cidade.)

Assim nós fizemos, assim nós trouxemos o corpo do rapaz.
E quem mandou matar foi o Marcos Bengstson."

A Costa Rica não é o Solimões


"Já vi de tudo vindo desta direita raivosa que agora resolveu até mudar a geografia.

Um mail mentiroso circula na rede acusando assentados no Rio Solimões de serem destruidores da natureza, ladrões de ovos de tartaruga marinha! Primeiro o Rio Solimões é rio! Portanto, água doce! Segundo, o MST não está organizado na região da Amazônia, ou seja, não há base de assentamentos nas margens do Rio Solimões. Assim o hoax é uma mentira que não tem base nenhuma na realidade.

O nível de ignorância e maledicência desta gente parece não ter limites. Assim, se você receber o e- mail hoax produzido por malucos, ignorantes ou sujeitos de má-fé e difundido por inocentes desinformados, por favor, copie e cole as informações que estão aqui, indique o site de origem que desmente estas bobagens e as matérias linkadas nele. Faça um favor, eduque os inocentes úteis, a geografia, a biologia, a ética e o bom senso agradecem."

"Todavia, ao contrário do que podem fazer supor estas imagens fora do seu real contexto, o recolhimento de menos de 1% dos ovos pelos habitantes locais significa, na realidade, um dos maiores esforços já empreendidos para a preservação da espécie, com o devido apoio e reconhecimento de organismos científicos internacionais e entidades de defesa ambiental, como o combativo Greenpeace, entre outros.

O próprio Projeto Tamar, aqui no Brasil, endossa a iniciativa costarriquenha."

"As tartarugas saem juntas da água em direção à praia para desovar, aos milhares, por varias noites seguidas. São mil na primeira noite, cinco mil na segunda noite e assim por diante.

Em cinco noites, cerca de 100 mil tartarugas desovam em pequenas praias - com cerca de 300 metros - em um verdadeiro engarrafamento na areia. Os ninhos das primeiras fêmeas são revirados pelas outras, expondo-os ao tempo e aos predadores o que muitas vezes inviabiliza o sucesso reprodutivo.

Na praia de Ostional, na Costa Rica, onde esse fenômeno também acontece, e que está retratado nas imagens, os moradores locais baseados em dados biológicos são autorizados a fazer o aproveitamento dos ovos que são depositados nos dois primeiros dias da arribada e que seriam destruídos pelas fêmeas que desovam nas noites seguintes.

Ou seja, os moradores locais coletam os ovos depositados somente nas duas primeiras noites e deixam os ovos desovados nas três noites seguintes."

Ler mais em: http://www.mst.org.br/Corrente-sobre-MSt-bota-Costa-Rica-no-Rio-Solimoes%20

Fotografias: Al Día / Costa Rica http://www.aldia.cr/galerias/tortugasostional/index.html

sábado, 4 de setembro de 2010

Militante do MST é assassinado no Pará

NOTA

As vésperas do Encontro Nacional do Fórum de Assuntos Fundiários em Belém, ocorre mais um assassinato no campo.

Milícia Armada de ex-Deputado Federal assassina militante do MST no Pará


O Movimento dos Trabalhadores Ruarais Sem Terra (MST) vem por meio deste denunciar :

1- A ação de Milícia armada do fazendeiro e ex-Deputado Federal Josué Bengstson (PTB) que renunciou ao mandato para fugir da cassação por envolvimento na Máfia das Sanguessugas resultaram na morte do trabalhador rural e militante do MST José Valmeristo Soares conhecido como Caribé. Por volta de 09:00h da manhã dois trabalhadores rurais João Batista Galdino de Souza e José Valmeristo o Caribé se dirigiam a cidade de Santa Luzia do Pará quando foram abordados por um grupo de três pistoleiro armados no ramal do Pitoró que os obrigaram a entrar em um carro onde foram espancados e torturados. Após seção de torturas foram obrigados a descer no Ramal do Cacual próximo à cidade de Bragança com a promessa de que iriam acertar as contas. João Batista Galdino conseguiu escapar para a mata e ouviu sete disparos.

2- Chegando à cidade de Santa Luzia João Batista denunciou à polícia que afirmou não poder ir por ser noite e dificilmente achariam o corpo. A Direção do MST denunciou à Secretaria de Segurança Pública do Pará através de Eduardo Ciso que afirmou mandar um grupo de policiais ao local e que conversaria com o Delegado do Interior para tomar providências. Nada foi feito e por volta de 10:00h da manhã de hoje (04/09/2010) os trabalhadores rurais encontraram o corpo de José Valmeristo Soares.

3- Os trabalhadores Rurais Sem Terra estão acampados às proximidades da Fazenda Cambará e a reivindicam para criar um assentamento de reforma agrária. A Fazenda Cambará faz parte de uma gleba federal chamada Pau de remo e possui 6.886 há de terras públicas. O fazendeiro e ex-deputado Federal Josué Bengstson possui somente 1.800 há com títulos e a Promotora de Justiça Ana Maria Magalhães já denunciou varias vezes que se trata de terras públicas. Os trabalhadores já haviam denunciado na ouvidoria agrária do INCRA, Ouvidoria Agrária Nacional do MDA, Delegacia Regional do MDA, Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa do Pará e Secretaria de Segurança Pública do Pará as várias ameaças de morte sofridas pelos jagunço e pela própria polícia de Santa Luzia e Capitão Poço sem que nenhuma providência tenha sido tomada.

4- Denunciamos ao conjunto da sociedade brasileira mais esse vergonhoso ato de omissão e conluio da Polícia do Pará com os fazendeiros do Estado, bem como a incompetência da Secretaria de Segurança Pública do Pará e do Governo do Estado em resolver as graves violações dos direitos humanos no campo que fazem o Estado do Pará atingir o triste posto de campeão nacional de violência no campo. Denunciamos também a inoperância do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA, bem como o Programa Terra Legal do Governo Federal que não tem resolvido os problemas fundiários mesmo aqueles que chegam ao conhecimento público.

6- Exigimos a prisão imediata dos pistoleiros que assassinaram o trabalhador José Valmeristo Soares, bem como dos mandantes Josué Bengstson e seu Filho Marcos Bengstson.

7- Exigimos também a desapropriação imediata da fazenda Cambará para o assentamento imediato das famílias acampadas no acampamento Quintino Lira.


Belém, 04 de setembro de 2010
Direção Estadual do MST – Pará

Reforma Agrária. Por justiça social e soberania popular!

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

16º Grito dos Excluídos


Esse ano acontece a 16 ª edição do grito dos excluídos em quase todos os estados do país, o grito é uma manifestação que ocorre no dia 7 de setembro com o intuito de dar voz aqueles que ficam a margem de nossa sociedade, sejam eles negros, índios, mendigos, pobres, desempregados, homossexuais.

O dia 7 de setembro marca a independência do Brasil e por isso foi escolhida essa data para mostrar que não basta uma independência politicamente formal. Diversos candidatos e militantes do PSOL participarão das mobilizações. Hamilton Assis, candidato a Vice-Presidência pelo PSOL, estará nas atividades da Bahia.

O grito é composto de diversas manifestações como atos públicos, romarias, celebrações especiais, seminários, cursos de reflexão, blocos na rua, caminhadas, teatro, música, dança, feiras de economia solidária, acampamentos.

O intuito do Grito dos Excluídos é ser uma mobilização social contra a exclusão, tendo como objetivos principais: Denunciar o modelo político e econômico que, ao mesmo tempo, concentra riqueza e renda e condena milhões de pessoas à exclusão social; Tornar público, nas ruas e praças, o rosto desfigurado dos grupos excluídos, vítimas do desemprego, da miséria e da fome; Propor caminhos alternativos ao modelo econômico neoliberal, de forma a desenvolver uma política de inclusão social, com a participação ampla de todos os cidadãos.

Fonte: http://psol50.org.br/?p=5086

DCE-UFPA: instinto coletivo

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Energia de cana X Belo Monte

Energia da cana vale 3 belo monte

Dia e noite, sem parar, os caminhões chegam à Usina Vertente, em Guaraci (SP), carregados de cana-de-açúcar. Não demora muito, um guindaste é usado para erguer a caçamba e despejar os toletes de cana sobre uma enorme esteira rolante, a “mesa alimentadora”. Num dia bom, cada tonelada de biomassa engolida ali renderá, no fim da linha, 175 quilos de açúcar, 80 litros de etanol, 800 litros de vinhaça e uns 250 quilos de bagaço úmido. Não há resíduos. Nada é desperdiçado.

“Não sobra nada da cana”, diz o gerente industrial da usina, Luis Muradi. O açúcar vai para os supermercados, o etanol, para os postos de combustível. A vinhaça é enviada de volta ao campo, como fertilizante. Parte do bagaço é queimada ali mesmo, numa caldeira, para produzir a energia elétrica que faz a usina funcionar. Outra parte desemboca numa montanha de bagaço ao ar livre, com quase 30 metros de altura.

O ideal seria que essa montanha não existisse. Mas ela está longe de ser um resíduo. Pelo contrário: a “bioeletricidade” gerada pela queima do bagaço de cana pode ser um produto tão importante para a sustentabilidade energética do País quanto hoje é o etanol. “O futuro das usinas está na bioeletricidade e no álcool. Acho que o açúcar vai ficar em terceiro lugar”, prevê o diretor da usina, Hugo Cagno Filho. Reportagem de Herton Escobar, em O Estado de S.Paulo.

Ler mais em: http://www.ecodebate.com.br/2010/09/02/usinas-de-cana-de-acucar-preveem-em-2020-gerar-13-mil-megawatts-superando-producao-esperada-para-belo-monte/

CPT divulga dados do "Conflitos no campo / 2010"


A CPT lançou ontem (1/9) os dados parciais dos Conflitos no Campo Brasil relativos ao período de 1º de janeiro a 31 de julho de 2010.

Três elementos chamam a atenção nestes dados: O primeiro é o aumento de Conflitos pela Água em 2010; O segundo é que mais da metade dos conflitos por terra, 54%, ocorreram no Nordeste, onde cresceu o número de conflitos;

E o terceiro, muito preocupante, é que contrariamente ao restante do Brasil, no Sudeste e no Sul do país cresceram e de forma expressiva, alguns índices de conflitos e violência. Nestas duas regiões, “mais ricas e desenvolvidas do país”, cresceu o número de trabalhadores presos e o de agredidos. Além disso, cresceu o número de ações de despejo.

Outro dado provoca estranheza. No Sudeste e no Sul, tanto em 2009, quanto em 2010, todos os estados destas regiões, registraram ocorrências de trabalho escravo. O Sudeste com o aumento de ocorrências, porém com diminuição de trabalhadores envolvidos e libertados, e o Sul com a diminuição das ocorrências, mas com aumento significativo no número de trabalhadores envolvidos e libertados. O que anos atrás era atribuído ao atraso das regiões Norte e Nordeste, agora se constata com persistência e crescimento nas regiões onde o “progresso” já se instalou definitivamente.




Comissão Pastoral da Terra: http://www.cptnacional.org.br/

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Contra o sonambulismo

"Essa campanha é para mostrar ao povo que existe opção, que existe solução. Viemos para construir uma nova ideia, um sonho, a dignidade da humanidade. Socialismo é solidariedade. Essa campanha é para mostrar isso! Filiem-se ao PSOL e venham lutar com a gente"

Ler mais em: http://plinio50.com.br/noticias/335-contra-o-sonambulismo-politico-plinio-de-arruda.html