domingo, 22 de janeiro de 2012

URGENTE: Polícia Militar ignora decisão federal e promove massacre no Pinheirinho

Diário Liberdade - [Atualizado 17h20] De maneira inesperada e ilegal, a Polícia Militar de São Paulo iniciou a invasão e o despejo dos moradores da comunidade do Pinheirinho. Na operação, que pegou de surpresa os moradores, participam cerca de 2 mil policiais militares, incluindo a Rota e Tropa de Choque, que utilizam blindados, helicópteros, cavalaria, armamentos letais, balas de borracha e gás lacrimogêneo e pimenta. Segundo moradores que informaram a Agência de Notícias das Favelas, há sete mortes, inclusive de uma criança, ainda não confirmadas oficialmente, e um homem em estado grave internado no Hospital Municipal, ferido por bala letal. Um diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos afirma que há 5 civis mortos, um PM e um em estado grave. Celulares, telefones e internet foram cortados. Crianças e idosos estão cercados no interior da ocupação e o advogado da ocupação, Toninho, foi atingido por bala de borracha e foi preso. O clima é de guerra civil, um massacre.

Ativistas convocaram uma manifestação no vão do MASP, na Avenida Paulista, em solidariedade aos moradores e moradoras da comunidade do Pinheirinho. O protesto está ocorrendo desde as 17h.

Atualização às 17h10: Nosso repórter confirma que houve uma morte e muitos feridos, mas continuam as dificuldades de se apurar. Um líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) chamado Guilherme Boulos foi espancado por mais de dez policiais até ficar completamente ensanguentado e está gravemente ferido. Um sindicalista sofreu um tiro de bala de borracha na face e está no hospital. A Guarda Civil Municipal está coordenando a repressão e a polícia está usando pistolas letais e mirando e atirando em moradores que resistem, além de dar tiros ao alto para dispersar a resistência popular. Ao início da repressão, pela manhã, os helicopteros atiraram balas de borrachas e gás pimenta contra crianças e moradores. No total, há 16 moradores e ativistas presos, confirmados oficialmente.

Atualização às 16h30: Neste momento a Polícia Militar está deslocando forçadamente os moradores para um acampamento de lona logo ao lado da comunidade Pinheirinho. Os moradores que tentam resistir estão sendo presos ou são alvejados por balas de borrachas. Um repórter de Diário Liberdade que está lá quase foi atingido e nos informou que a polícia está mirando na cabeça da resistência. Segundo ele, não há sequer condições para apuração e confirmação dos números de mortos (se há) e de pessoas que se feriram gravemente, dada o caos instalado no local.

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