Aqui vou divulgar minhas opiniões e produções artísticas e literárias. Viajarei aos quatro cantos do planeta para cantar a liberdade. Mas jamais irei para Pasárgada. Lá, como aqui, sou inimigo do rei.
segunda-feira, 18 de abril de 2011
Eldorado do Carajás: memorial de um massacre
A FAZENDA MACAXEIRA.
O Complexo Macaxeira era uma área de 42.558 hectares, situada entre os municípios de Eldorado do Carajás e Curionópolis, localizada no lado esquerdo da Rodovia PA 275.
Em 1995 o presidente do INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), Francisco Graziano fez uma visita na região sul do Pará e prometeu fazer uma vistoria no Complexo Macaxeia para saber se era possível desapropria-la e fazer o assentamento, desde que os trabalhadores não a ocupassem.
Os trabalhadores cumpriram sua parte no acordo e não ocuparam.
A vistoria foi feita e, para surpresa de todos, a área foi considerada produtiva!!
Em março de 1996 as 1.500 famílias que estavam acampadas nas margens da Rodovia PA 275 decidiram ocupar a fazenda Macaxeira e fazer uma marcha até Belém.
A MARCHA PARA BELÉM
A marcha foi iniciada no dia 10 de abril de 1996. No dia 16 já estavam nas proximidades do município de Eldorado do Carajás. Cansados e famintos, os lavradores decidiram bloquear o transito para negociar com o Governo do Estado. Queriam ônibus para seguir até Belém e alimentação.
O Major Oliveira, da Polícia Militar de Parauapebas, que foi absolvido, se apresentou para negociar com os trabalhadores. Durante as primeiras negociações, garantiu que, se desobstruíssem a rodovia, seriam atendidos e o Governo enviaria ônibus e alimentos.
Os lavradores deixaram a Rodovia e montaram acampamento nas margens da pista.
No dia seguinte, 17 de abril de 1996, as 11:00 horas, o Tenente Jorge, da Polícia Militar Paraupebas foi até o acampamento e informou que o Governo do Estado não manteria o acordo, portanto nem ônibus e nem comida seriam entregues.
Em protesto os trabalhadores ocuparam a Rodovia PA 275.
Na Capital, o Governado Almir Gabriel fez uma reunião de emergência com o Secretário de Segurança Pública Paulo Sette Câmara e o Superintendente estadual do INCRA Walter Cardoso e com o presidente do Instituto de Terras do Estado do Pará, Ronaldo Barata.
Decidiram retirar os trabalhadores da Rodovia a qualquer custo.
Ler mais em: http://www.ecodebate.com.br/2011/04/18/eldorado-do-carajas-17-de-abril-de-1996-memorial-de-um-massacre/
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