Aqui vou divulgar minhas opiniões e produções artísticas e literárias. Viajarei aos quatro cantos do planeta para cantar a liberdade. Mas jamais irei para Pasárgada. Lá, como aqui, sou inimigo do rei.
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
Ato contra Belo Monte ocupa Eletronorte.
Mais de uma centena de manifestantes atendeu o chamado do DCE/UFPA e do Comitê Metropolitano Xingu Vivo Para Sempre, hoje pela manhã. Nos concentramos no portão que dá acesso ao terminal rodoviário da UFPA e saímos em passeata pela Av. Perimetral, que margeia o campus universitário e separa-o de uma grande ocupação urbana, no bairro da Terra Firme. Quarenta minutos depois estávamos em frente ao portão de acesso à Superintendência Regional da Eletronorte - Pará/Amapá.
O objetivo do ato era chamar a atenção da população local e protestar na frente daquela que simboliza a destruição de rios, aldeias indígenas e comunidades ribeirinhas na Amazônia: a "EletroMorte".
Fechamos o acesso à empresa e negociamos a entrada de uma comisão para protocolar um documento, no qual o povo amazônida expressa sua indignação pela forma autoritária com a qual vem ocorrendo o debate (ou a falta dele) sobre a construção do AHE Belo Monte. Tudo estava tranquilo. Representantes de entidades ambientalistas, de partidos políticos (PSOL e PSTU), de sindicatos, e de outros movimentos sociais, usavam o microfone para se manifestar contra a construção da barragem.
Minutos após vem a notícia de que a comissão não seria recebida. Mais uma vez o povo seria barrado em seu direito a voz. Mas não estávamos sob o calor do sol equatorial para ouvir um "Não!" e voltarmos para casa. A luta contra as hidréletricas no Rio Xingu é mais forte. O portão começou a ser balançado. Seguranças particulares e polociais militares interviram. De repente, uma mão (providencial) destravou o outro portão. Aí, não deu pra segurar. A Eletronorte foi obrigada a ouvir o povo.
Ler também em: http://www.socialismo.org.br/portal/questoes-agrarias/108-noticia/1315-ato-contra-belo-monte-ocupa-eletronorte
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